Instituto Pensar - Inquérito das fake news avança em passos lentos contra chapa Bolsonaro

Inquérito das fake news avança em passos lentos contra chapa Bolsonaro

por: Eduardo Pinheiro 


Distantes e com pouco diálogo, a chapa Bolsonaro e Mourão pode ser cassada por esquema de propagação de notícias falsas
durante o pleito de 2018. Foto: Evaristo Sá/AFP

Com popularidade em declínio durante o pior momento da pandemia de Covid-19, a chapa de Jair Bolsonaro (sem partido) e Hamilton Mourão (PRTB) segue na mira do inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação, tocada pela Polícia Federal, reforça as ações do PDT e PT sobre suposto esquema de disparo em massa de fake news pelo WhatsApp nas eleições de 2018 em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Atualmente, porém, os processos estão parados porque ainda está pendente um pedido que pode autorizar o compartilhamento de provas do inquérito do STF com o TSE.

Na avaliação de alguns ministros do TSE, que não demonstram pressa para julgar as ações, não há clima na sociedade para cassar Bolsonaro, que, apesar de estar com a popularidade em queda, ainda mantém apoio de quase um terço da população, afirma reportagem da Folha de S. Paulo.

Após quebra de sigilos fiscais e bancários, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o empresário Luciano Hang foi apontado como principal financiador do esquema. Sem a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral, prática também pode configurar crime de caixa dois.

Por ser um dos principais aliados do presidente, aumentou a expectativa no PT de que a investigação iria reforce a acusação contra a candidatura de Bolsonaro. O relator do caso na época, o ministro Og Fernandes, também concordava que havia indícios de conexão entre as investigações. O atual responsável do processo agora é o ministro Luís Felipe Salomão

"É inegável que as diligências encetadas no inquérito podem ter relação de identidade com o objeto da presente Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), em que se apura a ocorrência de atos de abuso de poder econômico e uso indevido de veículos e de meios de comunicação por suposta compra, por empresário apoiadores dos então candidatos requeridos, de pacotes de disparo em massa de mensagens?, afirmou.

Uma das agências envolvidas no esquema é a Yacows. Especializada em marketing digital, ela prestou serviços a vários políticos e foi subcontratada pela AM4, produtora que trabalhou para a campanha de Bolsonaro.

Com informações da Folha de S. Paulo



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